Escola Secundária de Namitatar
Texto de Apoio da disciplina de História,
10ª Classe - 2023.
Por: dr Naide Alfredo
1.
Conceito de história e fontes de
história
História
é a ciência que estuda a vida dos homens no tempo e no espaço.
Heródoto,
antigo historiador grego, é considerado o “pai da história” porque foi ele que
desenvolveu os primeiros estudos com algum método sistematizado.
A
História estuda o passado, por isso, não podemos ver aquilo que ela estuda. Só
podemos alcançar o passado através das marcas que ficaram desse passado – as
fontes históricas.
Fontes
Históricas – são todos os vestígios ou marcas do passado que nos permitem
reconstituir a História da respectiva sociedade.
Os
historiadores usam as fontes históricas para reconstituírem os acontecimentos
do passado.
Tipos de fontes da
História
As
fontes históricas podem ser materiais, escritas, orais e gravadas ou áudio
visuais.
Fontes materiais – são vestígios materiais deixados
pelos antepassados que nos permitem reconstituir a sua História. Exemplos:
ruínas, estátuas, utensílios domésticos, barcos.
Fontes escritas- são todos os documentos escritos,
tais como jornais, livros, revistas, diários, cartas, contratos, placas
comemorativas.
Fontes orais- são narrativas transmitidas oralmente
de geração em geração. Eles representam testemunhos de pessoas que viveram
acontecimentos do passado. São fontes orais, as lendas, os mitos, as fábulas,
os contos, canções populares, crenças, usos e costumes.
Gravadas ou audiovisuais - fotografias, cinema, satélites,
computadores e outros produtos da tecnologia moderna.
2.
O desenvolvimento socioeconómico e
político dos principais países capitalistas (XIX-XX).
Desenvolvimento
económico é aumento da capacidade produtiva acompanhado pela melhorias da
qualidade de vida, educação, saúde, infra-estrutura de uma região e ou país.
Capitalismo é o sistema económico e social que se caracterizada pela
propriedade privada dos meios de produção, trabalho livre assalariado e
acumulação de capital (riqueza).
A
Europa continuava a exercer um forte domínio sobre as outras regiões do mundo
nos finais do século. XIX, com base na sua supremacia económica. Esta
hegemonia, por um lado, deveu-se à disposição da mão-de-obra que também era
exportada para fora da Europa, principalmente depois da Revolução Industrial. Por
outro lado, a Europa se beneficiou também de um grande avanço tecnológico em
relação aos outros continentes. Estes meios tecnológicos contribuíram para
gerar riqueza, dando origem a recursos financeiros consideráveis. Por isso, nos
finais do século, XIX e princípios do século XX, os países europeus dominavam
os povos que consideravam menos civilizados, tal como continente africano onde
foram constituídas colónias francesas, inglesas, alemãs, belgas, portuguesas,
espanhóis e italianas. A Ásia era dominada pelos ingleses (Índia), russos,
franceses e holandeses. Apenas o Japão e a China eram independentes. Os EUA
dominavam o Alasca, as Ilhas de Cuba, Porto Rico e Filipinas. O ponto mais alto
do colonialismo europeu e norte-americano deu origem a uma nova forma de
domínio – o imperialismo (política de expansão de Estado, para dominar política
e economicamente nações subdesenvolvidas e mais fracas) caracterizado pelo
domínio político e /ou económico dos países mais industrializados sobre as
regiões menos desenvolvidas.
Neste
período o domínio da Europa deveu-se a vários factores nomeadamente:
·
Crescente
desenvolvimento apoiado nos progressos técnicos e na expansão do capitalismo
industrial e financeiro;
·
Domínio
político da Inglaterra, Alemanha, Portugal, França e outros sobre a África,
Ásia e América;
·
Domínios
económicos do mundo (Inglaterra, França e Alemanha) situavam-se as sedes dos
grandes bancos e das maiores empresas da indústria e do comércio.
Será
que os países europeus tinham o mesmo nível de desenvolvimento? Veja o que vem
a seguir. O desenvolvimento europeu não era igual para todos os países, pois,
existiam países da Europa Ocidental e do Norte (Inglaterra, França, Bélgica,
Reino Unido, Alemanha, EUA) desenvolvidos e os países da Europa do Leste e
Meridional, economicamente pobres, atrasados e com técnicas agrárias
rudimentares (Áustria-Hungria, Império Otomano e a Rússia). Politicamente
existiam potências com regimes democráticos e liberais como a Inglaterra e a
França e os países com regimes políticos autoritários (Alemanha,
Áustria-Hungria, Rússia e o Império Otomano).
Este desnível de desenvolvimento entre os
países nos finais do séc. XIX e princípios do séc. XX criaram ódio entre os
países europeus, dando origem a várias contradições, conflitos imperialistas.
Agora veja a situação económica dos principais países capitalistas. Fique
atento! Neste mapa da Europa estão representados os países capitalistas que
emergiram nos finais do século XIX e princípios do século XX (Inglaterra,
Alemanha, França, Império Áustro-Húngaro e a Rússia).
Até
meados do séc. XIX, a Inglaterra tinha uma indústria mecanizada que abastecia o
mundo de têxteis e todo tipo de produção industrial sem concorrência. Para além
de têxteis, produzia e exportava máquinas, locomotivas, carris e outros
equipamentos.
A
hegemonia (superioridade) económica da Inglaterra resultou do desenvolvimento
técnico-científico e inovação tecnológica; modernização dos transportes
marítimos e ferroviários e a revolução agrícola; domínio de um vasto império
colonial; foi a 1ª a promulgar a legislação liberal e instalou infra-estruturas
modernas avançadas.
O
desenvolvimento económico da França foi tardio, pois até século XIX a base da
economia era agricultura tradicional com evolução lenta e uma população que
crescia rapidamente. Nos princípios e meados do séc. XIX inicia a produção
têxtil, a exploração do carvão, a indústria siderúrgica e metalúrgica; expansão
das linhas férreas que desenvolveram o mercado interno e as instituições
financeiras. No princípio do século XX desenvolveram a indústria automóvel (Renault
e Peugeot) e; possui neste período, um império colonial em África e na Ásia que
servia como fonte de matéria-prima e um mercado para os seus produtos
industriais.
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