terça-feira, 16 de maio de 2023

Escola Secundária de Namitatar

 

Escola Secundária de Namitatar

Texto de Apoio da disciplina de História, 10ª Classe - 2023.

Por: dr Naide Alfredo

1.    Conceito de história e fontes de história

História é a ciência que estuda a vida dos homens no tempo e no espaço.

Heródoto, antigo historiador grego, é considerado o “pai da história” porque foi ele que desenvolveu os primeiros estudos com algum método sistematizado.

A História estuda o passado, por isso, não podemos ver aquilo que ela estuda. Só podemos alcançar o passado através das marcas que ficaram desse passado – as fontes históricas.

Fontes Históricas – são todos os vestígios ou marcas do passado que nos permitem reconstituir a História da respectiva sociedade.

Os historiadores usam as fontes históricas para reconstituírem os acontecimentos do passado.

Tipos de fontes da História

As fontes históricas podem ser materiais, escritas, orais e gravadas ou áudio visuais.

Fontes materiais – são vestígios materiais deixados pelos antepassados que nos permitem reconstituir a sua História. Exemplos: ruínas, estátuas, utensílios domésticos, barcos.

Fontes escritas- são todos os documentos escritos, tais como jornais, livros, revistas, diários, cartas, contratos, placas comemorativas.

Fontes orais- são narrativas transmitidas oralmente de geração em geração. Eles representam testemunhos de pessoas que viveram acontecimentos do passado. São fontes orais, as lendas, os mitos, as fábulas, os contos, canções populares, crenças, usos e costumes.

Gravadas ou audiovisuais - fotografias, cinema, satélites, computadores e outros produtos da tecnologia moderna.

2.    O desenvolvimento socioeconómico e político dos principais países capitalistas (XIX-XX).

Desenvolvimento económico é aumento da capacidade produtiva acompanhado pela melhorias da qualidade de vida, educação, saúde, infra-estrutura de uma região e ou país. Capitalismo é o sistema económico e social que se caracterizada pela propriedade privada dos meios de produção, trabalho livre assalariado e acumulação de capital (riqueza).

A Europa continuava a exercer um forte domínio sobre as outras regiões do mundo nos finais do século. XIX, com base na sua supremacia económica. Esta hegemonia, por um lado, deveu-se à disposição da mão-de-obra que também era exportada para fora da Europa, principalmente depois da Revolução Industrial. Por outro lado, a Europa se beneficiou também de um grande avanço tecnológico em relação aos outros continentes. Estes meios tecnológicos contribuíram para gerar riqueza, dando origem a recursos financeiros consideráveis. Por isso, nos finais do século, XIX e princípios do século XX, os países europeus dominavam os povos que consideravam menos civilizados, tal como continente africano onde foram constituídas colónias francesas, inglesas, alemãs, belgas, portuguesas, espanhóis e italianas. A Ásia era dominada pelos ingleses (Índia), russos, franceses e holandeses. Apenas o Japão e a China eram independentes. Os EUA dominavam o Alasca, as Ilhas de Cuba, Porto Rico e Filipinas. O ponto mais alto do colonialismo europeu e norte-americano deu origem a uma nova forma de domínio – o imperialismo (política de expansão de Estado, para dominar política e economicamente nações subdesenvolvidas e mais fracas) caracterizado pelo domínio político e /ou económico dos países mais industrializados sobre as regiões menos desenvolvidas.

Neste período o domínio da Europa deveu-se a vários factores nomeadamente:

·         Crescente desenvolvimento apoiado nos progressos técnicos e na expansão do capitalismo industrial e financeiro;

·         Domínio político da Inglaterra, Alemanha, Portugal, França e outros sobre a África, Ásia e América;

·         Domínios económicos do mundo (Inglaterra, França e Alemanha) situavam-se as sedes dos grandes bancos e das maiores empresas da indústria e do comércio.

Será que os países europeus tinham o mesmo nível de desenvolvimento? Veja o que vem a seguir. O desenvolvimento europeu não era igual para todos os países, pois, existiam países da Europa Ocidental e do Norte (Inglaterra, França, Bélgica, Reino Unido, Alemanha, EUA) desenvolvidos e os países da Europa do Leste e Meridional, economicamente pobres, atrasados e com técnicas agrárias rudimentares (Áustria-Hungria, Império Otomano e a Rússia). Politicamente existiam potências com regimes democráticos e liberais como a Inglaterra e a França e os países com regimes políticos autoritários (Alemanha, Áustria-Hungria, Rússia e o Império Otomano).

 Este desnível de desenvolvimento entre os países nos finais do séc. XIX e princípios do séc. XX criaram ódio entre os países europeus, dando origem a várias contradições, conflitos imperialistas. Agora veja a situação económica dos principais países capitalistas. Fique atento! Neste mapa da Europa estão representados os países capitalistas que emergiram nos finais do século XIX e princípios do século XX (Inglaterra, Alemanha, França, Império Áustro-Húngaro e a Rússia).

Até meados do séc. XIX, a Inglaterra tinha uma indústria mecanizada que abastecia o mundo de têxteis e todo tipo de produção industrial sem concorrência. Para além de têxteis, produzia e exportava máquinas, locomotivas, carris e outros equipamentos.

A hegemonia (superioridade) económica da Inglaterra resultou do desenvolvimento técnico-científico e inovação tecnológica; modernização dos transportes marítimos e ferroviários e a revolução agrícola; domínio de um vasto império colonial; foi a 1ª a promulgar a legislação liberal e instalou infra-estruturas modernas avançadas.

O desenvolvimento económico da França foi tardio, pois até século XIX a base da economia era agricultura tradicional com evolução lenta e uma população que crescia rapidamente. Nos princípios e meados do séc. XIX inicia a produção têxtil, a exploração do carvão, a indústria siderúrgica e metalúrgica; expansão das linhas férreas que desenvolveram o mercado interno e as instituições financeiras. No princípio do século XX desenvolveram a indústria automóvel (Renault e Peugeot) e; possui neste período, um império colonial em África e na Ásia que servia como fonte de matéria-prima e um mercado para os seus produtos industriais.

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